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Salvador / Saubara, Bahia, Brazil
Verídica, verdadeira, sem medo e receios de ser eu mesma, complexa e um tanto mistériosa. Mulher cheia de desejos e intenções e por que não dizer pretensões, ambições, com vontade de ser sempre um pouco mais... Sigo meu caminho entre pedras que se interpõe como a experimentar-me a força e a resistência, a capacidade de transpor obstáculos em busca dos meus ideais. Sendo isto o que melhor me traduz: o prazer em superar minhas próprias limitações. Esta sou eu... vida...raça... coragem... persistência... juventude... emoção... amor... paixão... liberdade... ousadia... pureza...acalanto... perdão... quimera... expressão... saber... melodia... imaginação... esperança... humanidade... desejo... busca... sonho...verdade...fé...razão... e a vontade férrea de viver. Sem preconceitos, sem tabus, muitas vezes polêmica. Amada... e odiada por alguns que ainda não aprenderam e interiorizaram o sentido da frase: Viva as diferenças, Liberdade.

sexta-feira, 4 de março de 2011

Caretas do Mingau http://reconcavo.wordpress.com/


Caretas do Mingau é uma das celebrações mais interessantes da Independência da Bahia. Na madrugada do dia 1º para o dia 2 de Julho as mulheres do município de Saubara, vestidas de branco e com os rostos cobertos, se reúnem para percorrer as ruas da cidade distribuindo mingau, bebendo licores e fazendo a maior algazarra do mundo. Dona Maria da Cruz Santos, de 84 anos, lidera a brincadeira que relembra o papel importante das mulheres do então distrito da Freguesia de São Domingos de Saubara.

Para Judite Barros, principal pesquisadora da História e da Cultura de Saubara, esta é a manifestação folclórica mais antiga do município. A história é a seguinte: depois dos acontecimentos do dia 25 de Junho em Cachoeira (essa história será contada no post #4, daqui a 15 dias), a guerra pela Independência na Bahia foi inevitável. Salvador encontrava-se ocupada por portugueses, de modo que a resistência baiana aconteceu sobretudo no interior, e principalmente no território do Recôncavo da Bahia de Todos os Santos: Itaparica, Madre de Deus, Sto. Amaro, S. Francisco do Conde, Cachoeira, Maragojipe, Nazaré, Salinas da Margarida e algumas outras vilas sediaram combates e abrigaram os exércitos brasileiros arregimentados no Recôncavo e no Sertão.
Capa do livro de Judite Barros sobre Saubara
Desde 1696 o território de Saubara era distrito da Freguesia de Santo Amaro. Situado logo na entrada direita do Rio Paraguaçu, é possível ver pelo mapa retirado da wikimapia que o terreno era estratégico para a resistência, pois era passagem necessária das tropas portuguesas no caminho para o interior. A defesa desta região foi comandada pelo Padre Manuel José Gonçalves Pereira, que convenceu os pacatos homens da terra a se armar contra os lusos.
O povoado acabou se esvaziando, uma vez que a maior parte dos homens se deslocou para o mato, como nas guerrilhas. A cidade foi ocupada por alguns portugueses inimigos. Foi aí que as mulheres inventaram a estratégia do Mingau para alimentar seus maridos, filhos e pais: fingindo-se de assombrações, saíam em grupo pelas madrugadas fazendo muito barulho e apavorando os portugueses. No caminho deixavam alimentos em locais previamente combinados, retornando à vila antes do amanhecer.
Essa é a lenda das Caretas do Mingau. Se ela é verídica, ou mesmo provável, é outra questão. O fato é que deu origem a uma manifestação cultural importante, e que reivindica o reconhecimento da participação feminina nas lutas pela independência. Aliás, o símbolo da independência em Saubara é feminino, é a Cabocla, saudada por todos no final da festa.
Hoje quem organiza as Caretas é Dona Maria da Cruz, sempre acompanhada por sua filha Justina. Antes dela era Dona Iaiá, Raimunda Alta do Rosário, quem fazia a festa acontecer. Parece que não é possível precisar a data em que o evento aconteceu pela primeira vez… como descobrir uma coisa dessas? Só mesmo se alguém encontrasse algum documento, relato de viajante, ou coisa parecida.
Saubara é uma cidade riquíssima em termos de patrimônio cultural, um espaço privilegiado onde as histórias são  fixadas por meio de brincadeiras. O que chama a atenção não é exatamente a combinação de música, dança e drama para compor as narrativas de fatos diversos, mas a quantidade de manifestações e o virtuosismo das comunidades locais no emprego dessa linguagem. Chega a ser um abuso a sofisticação com que os signos são trabalhados nos ranchos e ternos.
Chegança, Barquinha, Zé do Vale, Nego Fugido, Caretas (outras caretas diferentes das do Mingau), Lavagens, Ternos, Ranchos, Pastoris e Bailes variados, e muitas outras brincadeiras que eu não conheço… isso além de uma vertente poderosa de Samba Chula, Casas de Candomblé importantes e o ofício das Rendeiras (renda de bilro) bem organizado pela Associação das Rendeiras.
Não tenho dúvidas de que a maior contribuição que Saubara pode dar à sociedade global é a vitalidade de sua cultura e o gosto pela brincadeira. Dia 2 de Julho está chegando, e D. Maria da Cruz vai estar lá, mais uma vez, saudando a Cabocla.

Caretas de Saubara


Caretas de Saubara from claudiomanoel on Vimeo.

Manifestação popular nos domingos de julho na cidade de Saubara, no Reconcâvo Baiano, Bahia, Brasil.

Garotos usam máscaras, roupas em trapos e folha de bananeira, como saia. Saem nas ruas em grupos em algazarra.

Essa manisfetação tem inspiração nas Caretas do Mingau, que reune nas ruas (na madrugada do 1º para o dia 2 de julho) mulheres , "vestidas de branco e com os rostos cobertos, se reúnem para percorrer as ruas da cidade distribuindo mingau, bebendo licores e fazendo a maior algazarra do mundo. Dona Maria da Cruz Santos, de 84 anos, lidera a brincadeira que relembra o papel importante das mulheres do então distrito da Freguesia de São Domingos de Saubar". (fonte: reconcavo.wordpress.com/​2010/​06/​13/​3-caretas-do-mingau/​)

Caretas do Mingau from Hugo Guarilha on Vimeo.


Caretas do Mingau from Hugo Guarilha on Vimeo.
Caretas do Mingau é a manifestação cultural que celebra o 2 de Julho em Saubara, BA. Relembra um artifício utilizado pelas mulheres saubarenses para levar comida aos homens que lutavam na Guerra pela Independência do Brasil: à noite elas se vestiam com roupas brancas, cobriam os rostos e faziam uma grande algazarra com panelas com a finalidade de assustar os portugueses (como se fossem assombrações) e alimentar seus maridos. A inteligência dessas mulheres é celebrada até hoje nas Caretas do Mingau.

quarta-feira, 2 de março de 2011

Emoções

Quem viveu uma vida sem experimentar muitas emoções,
Quem nunca sentiu a euforia, a alegria contagiar seu ser,
e não experimentou também a dor, a tristeza, a angústia,
o sentimento de perda, que parecia ter a vida sentido algum.
Parte da vida do ser humano é pura emoção:
O primeiro amor...
O primeiro beijo,
O frio na barriga.
A paixão avassaladora,
O encanto, a excitação.
Parece que estamos nas nuvens, sonhamos acordados,
e o desejo é que dure a vida inteira.
No entanto, um dia descobrimos que a vida não é o céu de amor que pensamos,
nos deparamos com alguns fracassos, decepções, desilusões.
Quem errou? quem foi o culpado?
Ninguém!
Simplesmente a necessidade de nos conhecermos melhor, de aprendizado, de crescimento nos conduz a essas experiências e nos permite descobrir muitas coisas.
Descobrimos que somos formados pela mesma casquinha frágil e sensível que precisa de cuidados, e almeja por carinho, por um abraço amigo que nos incentive e nos aprove enquanto crescemos e vibre conosco nossos avanços e conquistas.
Então percebemos que não aprenderemos só,
que nesse caminho é preciso seguir juntos,
que só encontraremos a verdade olhando em diferentes ângulos,
e as habilidades e inteligências podem ter várias formas.
Uns são dotados com a sensibilidade de um poeta, com a beleza da palavra oral e escrita, outros tem uma facilidade incrível de percepção do mundo espacial, com um senso de ordem e estética extraordinário. Existem aqueles que tem aguçada capacidade de lidar com as próprias emoções e sentimentos e o administram muito bem. Outros discernem padrões lógicos e símbolos númericos com muita facilidade. Há ainda aqueles que são capazes de dar ritmo e tom ao soprar do vento, com sensibilidade na identificação dos sons musicais para quem a vida é uma eterna canção.
E assim vamos descobrindo múltiplas inteligências: Linguística, Espacial, Intrapessoal, Lógico-matemática, Sonora, Interpessoal, Naturalista, Cinestésico-corporal.
Cabe a nós descobri-las, percebe-las, incentivá-las, explora-las, e como diz profª Sandreanne...
Parir, gerar, criar.
Somos nós os responsáveis pelo nosso crescimento!


Veridiana Paz.

QUEM DE NÓS DOIS - ANA CAROLINA

domingo, 28 de março de 2010

Amor de mãe, amor de filha...

Dizem que o primeiro amor a gente não esquece. É verdade!
Quando a vi pela primeira vez a sua imagem nunca mais saiu da minha cabeça, os seus olhos lindos, eu me encontrei em seu ser e foi para sempre, eu já não existo sem ela, sem a minha vida...
A essência deste amor...
Não tem limites, não tem medida, nem duração.
Está no respirar, no instante em que meu coração bate e em cada compasso entre suas batidas, está nos meus olhos e em cada momento do seu piscar, está no meu silêncio, nos meus pensamentos, na imagem refletida no espelho. Quando me vejo te encontro em mim, tão real e tão forte, és minha força, minha coragem, minha busca, minha determinação,e meus ideais. Por você tudo se torna superável, na certeza e na esperança de dias melhores, de felicidades, de encontro, de viver ao teu lado.
como posso agradecer?
por ter um ser tão especial,tão importante,e tão necessário!
Filha amada,minha vida,como dizer
o quanto te amo?
Só Deus sabe!
Amor de mãe, amor de filha, meu primeiro e grande Amor!!!

Filha verdadeiro amor!

sexta-feira, 19 de março de 2010

Boca e Forno

Boca e forno!
- Forno!
- Furtaram um bolo!
- Bolo!
- Farão tudo o que o seu mestre mandar?
- Faremos todos, faremos todos, faremos todos...

Á vossa
Supremacia do saber... Da competência e da verdade... Senhora dos absurdos que sofridos e sentidos são silenciados pela necessidade capital! E quando um ousado atreve-se a sair da trilha do monopólio da sabedoria orgulhosa e altiva, sabe-se então: é incompetência viva! Inábil, um fracasso ao bom andamento mecânico e programado do sucesso quantitativo e lucrativo é claro da soberana supremacia do saber inquestionável!!!

No entanto, esta descuidada e atrevida ainda em formação, sabe-se consciente de pouco ou nada saber da verdade absoluta, e então, pequena, aprendiz, curiosa, desejosa pela aventura do descobrir, de experimentar, de partilhar a alegria do saber, continua sua jornada aventurando-se nas variantes trilhas, percorrendo com coragem e força de vontade, valorizando sua história de vida e de tantas outras vidas que se cruzam nesta jornada de crescimento mais que tudo humano, pois sua identidade não é formada pela soberania científica, formulada e pretensiosamente certa, mas se faz e refaz nos gestos simples, na partilha, no sorriso, nas emoções, no valorizar, querer bem, acreditar, confiar, e ver o outro como igual, capaz, brilhante, muito interessante, rico em aprendizagem e sabedoria.

Assim a vida se abre não como um ranking, uma luta pela sobrevivência do mais forte, do melhor, do bem preparado, mas como possibilidades não de tirar vantagem do outro, fazendo-lhe serviçal, domesticado aos interesses próprios, com fins vários. Mas como possível para todos: o bem-estar, a alegria, o sonho e a realização deles.

A vida que se faz na busca da auto-afirmação, da competência e da suprema importância e egoísmo, já deixou de ser, porque engana-se e subestima, no equívoco hedônico da felicidade legitimada pelas necessidades várias: ora produzidas, ora incorporadas, embasada e deturpada do sentido real da vivência humana, formadora em potencial de habilidades e competências para a vida centrada num ideal maior que o ( eu... eu.. e eu).

O caminho da aprendizagem passa muitas vezes pela transcendência da arrogância do saber, na humilde busca do:



“aprender a aprender..., aprender a fazer..., aprender a viver... e

aprender a ser...” Jacques Delors (2000) Os Quatro Pilares da EDucação.
Veridiana Paz.